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Júlio Pomar
 
Um Artista, uma Obra, uma Vida!
-Analisar a vida e Obra do Mestre Júlio Pomar é fazer a retrospectiva necessária de um dos expoentes máximos das artes plásticas portuguesas de todos os tempos... de um longo e abundante percurso que ficará para sempre como um marco histórico tanto na Arte Moderna como na Arte Contemporânea de Portugal.

--Artista por excelência, Júlio Pomar é uma daquelas referências que acumula uma impressionante actividade artística e de pensamento politico e social, um daqueles brilhantes fenómenos em que a linguagem visual está e estará sempre associada a uma atitude de imaculada honestidade, onde a realidade banal da vida quotidiana tem pouca ou nenhuma participação, já que a criatividade artística de Pomar sempre foi e continua a ser um espelho fidedigno de um pensamento profundo e de conclusões fruto de uma elevada qualidade de pensamento, em perfeita e absoluta proporção com a humildade típica dos Grandes Mestres e o despretenciosismo típico dos Grandes Homens.

--A diversidade de épocas artísticas de Júlio Pomar no século XX, reflectem inevitavelmente episódios, sentimentos, e momentos de uma vida social, de uma consciência politica, de uma actividade artisticamente intensa e de experiências enriquecedoras e decisivamente marcantes entre Portugal e França.

--Desde o neo-realismo dos anos quarenta até às famosas temáticas de inspiração ibérica, nomeadamente touradas e corridas de cavalos, que o artista executa com a entrega total, entusiasmo e intensidade que o define como um poeta das artes plásticas, Pomar faz uma excelente tradução da realidade subjectiva ao universo visual, utilizando temas que o comovem e emocionam, memórias flagrantes das suas experiências pessoais a até intimas, como o Maio de 68, a cultura dos índios Xingu do Brasil e a tauromaquia, através de um conceito nitidamente inspirado e influenciado pelo neo-realismo.

--Júlio Pomar, instala-se em Paris em 1963 e hoje, em pleno Século XXI, o artista entra em processos e técnicas absolutamente contemporâneos em jeito de "assemblage", naturalmente conclusões resultantes do sua tradicional linha de pensamento dentro do espaço e das novas noções do nosso tempo e do seu tradicional confronto entre a tela e a cor para hoje e agora demonstrar a sua relação total e mais que evidente com a estrutura de estética, conceito e composição das últimas vanguardas e tendências da Arte Contemporânea do Novo Milénio!

--É notável como Júlio Pomar entra e celebra o Novo Milénio com inigualável elegância, percorrendo com um novo universo temático e estético, inovador e igual a si mesmo, único e carismático na sua postura e Obra plástica, dotado de uma visão futurista no panorama contemporâneo internacional.

--Basicamente um artista em permanente evolução e que não se deixou ficar pelas velhas fórmulas do passado, muito menos repetindo receitas já exploradas e preocupações há muito solucionadas.
--Mesmo quem tenha como o Mestre Júlio Pomar, amor pela boa e velha Arte Moderna e Pós-Moderna, é um artista que soube aproveitá-la para as presentes operações de investigação no perfeito domínio das novas vanguardas, optando pela Evolução e nunca jamais pela estagnação.

--A linguagem visual de Júlio Pomar, como potência da sua consciência de um mundo em constante transformação, assume e adopta novos compromissos e projectos, por conseguinte nunca deixando de ser o fenómeno criativo e inovador, marca da sua reputação, incorporado nos novos pensamentos e conceitos do Século XXI, na própria vida e no Novo Mundo - quando no seu caso especifico não se trata de facilitar as coisas e muito menos estratégias de mercado - mas sim, genial e naturalmente reconhecendo como genuíno e válido o novo universo artistico-cultural-contemporâneo!
--E se em termos gerais o silêncio sobre a vida intima e privada de Júlio Pomar, impera, na vida e Obra do artista luso, parecem haver muitos barcos para muitos portos, mas muito poucos para uma dimensão de conhecimento onde, de não ser assim, poderíamos certamente ter o privilegio de saborear ( e aprender!) o brilho desse tesouro escondido (... ou semi-oculto...), que seria uma forma mais profunda de olhar, compreender e interpretar a Obra de um dos mais exuberantes pintores portugueses de todos os tempos.
--Júlio Pomar nasce em Lisboa nos anos vinte ( mais precisamente em 1926 ).
--A Escola de Arte Aplicade de António Arroio, recebe o jovem artista ( apenas oito anos de idade ), pelas mãos de um escultor amigo da família.

--Antes de ingressar finalmente e em boa hora na Escola de Belas Artes de Lisboa, Pomar vai desenvolvendo técnica e talento em António Arroio até 1942.

--A sua consciência politica, no entanto, toma uma maior proporção e um nível de percepção mais elevado com o fim da Segunda Guerra Mundial e a derradeira queda do império Nazi, culminando no inevitável efeito em que o regime de Salazar e a "filosofia" do Estado Novo, tornam-se mais vulneráveis, menos credíveis e as suas contradições bastante mais evidentes perante a consciência dos jovens artistas e intelectuais de então, entre os quais, naturalmente, o jovem pintor Júlio Pomar.

--Contudo, sabe-se que durante esta época em que Pomar frequenta a Escola de Belas Artes da cidade Invicta, partilhou as mesmas preocupações e ideologia com um grupo de artistas que se auto-intitulavam " Os Convencidos da Morte ", justamente em jeito de convicto desafio aos pensadores literários do século XIX , "Os Vencidos da Vida", nomeadamente Eça de Queiroz, Ramalho Ortigão e mesmo Antero de Quental.

--Ainda que este grupo não tivesse manifestamente uma implicação politica acentuada, partilhavam da mesma consciência, sentimento e pensamento Contra Poder e naturalmente participavam em (e partilhavam) exposições de Arte independentes do sistema de então.

--Esta lógica e atitude de assumido Contra Poder vai acompanhar Júlio Pomar ao longo de toda a sua vida, destacando-se o célebre episódio da sua recusa de uma encomenda a convite de Ramalho Eanes, talvez por uma questão de pura e simples coerência, do que propriamente por uma questão decisivamente politica.

--Não é segredo hoje em dia, a aversão de Júlio Pomar por encomendas e ainda menos por condecorações.
--O mesmo se passou ( por muito incrível que pareça ) com a comenda Des Arts et des Lettres, igualmente ignorada pelo irreverente... mas decidido artista.
--Curiosamente, mesmo assim, deram-lhe a comenda!!!!!!!!
--Júlio Pomar, esse pintor Alfacinha, natural das Janelas Verdes, representa para todos nós portugueses uma referência imprescindível, um Artista, uma Obra e uma Vida, um remador contra a maré, que consegue ao longo de uma vivência sobrevivente a todos os movimentos, estilos e correntes artísticas, abranger todos os espaços possíveis e imaginários até à Arte Contemporânea.

--Com o fim da Segunda Guerra Mundial, Pomar é um convicto neo-realista.
--Na cidade Invicta, o seu palco de então, organiza a primeira Exposição de Primavera no Ateneu Comercial, com a colaboração incondicional e entusiasta de colegas, tal como ele próprio, convictamente anti-fascismo.

--Os acontecimentos emblemáticos da sua firme e valente postura no seio do Movimento de Unidade Democrática, culmina com a sua expulsão da Escola de Belas Artes do Porto.
--Como se isso não bastasse para transformar um artista genial na Ovelha Negra do regime, o grande mural de sua autoria que decorava o Cinema Batalha foi completamente destruído.

--Júlio Pomar regressa a Lisboa e viria a ser preso durante quatro anos.
--Também nesse período, uma das suas obras intitulada Resistência, é apreendida na II Exposição Geral de Artes Plásticas.
--Júlio Pomar, até 1945, cultivou especificamente o Neo-Realismo, ( importante corrente artística de meados do século XX, de carácter ideológico marcadamente de esquerda) começando por ser fortemente influenciado pela Obra dos Grandes Mestres mexicanos, nomeadamente Diego Rivera, Orozco, entre outros, ainda que paralelamente assimilando outras culturas e formas visuais e de pensamento, exprimindo essas influências da pintura à escultura e até ilustrações, consagrando-se sem grande esforço e muito menos estratégias de marketing, como absolutamente um dos expoentes máximos da Arte Moderna e Contemporânea em Portugal e reservando um lugar ao sol em todo o mundo.

--Curiosamente, Júlio Pomar defende criteriosamente a tese de que o regime de Oliveira Salazar o ajudou decisivamente a tomar a derradeira opção pelas artes visuais.

--... e como resultado desta decisão ( ...uma Obra e uma Vida !! ) a genuína expressão plástica a partir da curiosa perspectiva de que a vida é uma espécie de loja de tintas ( ... ou dicionário em movimento ?!), e a prova está à vista, um Artista, uma Obra, uma Vida... de um pintor actuando em rigorosa conformidade com as suas mais sinceras e profundas convicções.

--De Júlio Pomar, é sobejamente conhecida a sua aversão a repetir receitas pictóricas, optando por uma via tão inteligente e criativa quanto radical... ou por outras palavras apresentando ao longo dos anos uma Arte sempre nova na qual o elemento surpresa está invariavelmente presente, numa refrescante e constante ruptura com o "Déjà Vu", absorvendo sistematicamente as tendências mais adequadas ao tempo e momento presente, por conseguinte mantendo essa chama viva da inquietação criativa, analítica, introspectiva, total e inevitavelmente a literatura visual em constante movimento e mudança.

--Ainda antes de se instalar em Paris, Júlio Pomar em finais dos anos cinquenta ainda executa alguns vidros de Arte na Fábrica Escola Irmãos Stephens, na Marinha Grande.
--Já em 1956, Pomar está supremamente representado na exposição de Arte Contemporânea, patente na Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências, em Lisboa.

--Ainda no início dos anos sessenta, Júlio Pomar executa as suas primeiras esculturas com ferros soldados e a série de quadros Tauromaquia; e nessa sequência ferozmente criativa elabora ainda o célebre políptico " O Estaleiro ".

--Precisamente com esta notável demonstração de grande talento, o artista atravessa uma das suas épocas mais significativas e emblemáticas da sua Obra, abrangendo visivelmente um período altamente promissor, sob o signo de uma profunda interrogação, inevitavelmente patente em toda a sua Obra futura.
--Perante um novo desafio, que consistia nada mais nada menos que na Ilustração de uma versão de D. Quixote de la Mancha, de Aquilino Ribeiro, Júlio Pomar em 1960 apresenta trinta belíssimas pinturas a preto e branco de tamanho reduzido mas de qualidade excelente, originando outra série de magnificas obras de escultura e pintura, abordando a mesmíssima versão Quixotiana de Aquilino.

--Júlio Pomar, já instalado em Paris, define o seu pensamento global como uma espécie de Visão ao longo do Tempo!

--E é justamente nessa Visão abrangente que Pomar capta tudo e todos, memorizando sempre; e desde então e durante mais de trinta anos o Mestre português reparte a vida entre Paris e Lisboa.

--Este permanente vaivém entre duas dimensões de sensibilidade, cultura, estilo de vida e mentalidade torna-se num sistema e num privilégio inevitavelmente estimulante e obviamente rico em paralelos e contrastes. No entanto é sobretudo em Paris que o artista se sente particularmente inspirado, saindo, passeando e visitando museus, trabalhando no oficio Sábados e Domingos, envolto na atmosfera criativa do seu atelier, como sempre, fazendo várias coisas ao mesmo tempo, ao mesmo tempo que essas várias coisas coincidiam artisticamente, pontos convergentes derivando num conceito de pensamento e Arte em perfeita sintonia.
--Curiosamente, em Paris, a proximidade do seu novo Atelier do campo de corridas de cavalos de Auteuil, irá ter um papel inspirador, ou um modelo por explorar, muito provavelmente um universo temático por descobrir... o certo é que esta influência equestre vai imprimir nas próximas obras do artista uma nova força no movimento, uma nova sinfonia cromática e é justamente esta combinação ( ...quase híbrida ?! ) que vai ser a protagonista da nova série de intensos originais de elevada qualidade.

--" Les Courses " são expostos na galerie Lacloche, precisamente no mesmo espaço de Arte onde Júlio Pomar em 1964 tinha apresentado "Tauromachies".
--É nesta Paris everfescente dos anos sessenta que Júlio Pomar ganha ( ...uma conquista merecida! ) uma maturidade mais apurada, polida; e um sentido universalista mais consumado e periférico.

--No entanto, é a partir do Maio de 68, que Júlio Pomar, inspirado pelos incandescentes e caóticos acontecimentos em pleno coração da capital francesa, executa interessantes séries de obras de arte, subordinadas ao tema da insurreição, artista criativamente embriagado pelo ardente desejo ( ... e pela oportunidade única... ) no momento certo, no lugar talvez menos esperado, de efectivamente registar um acontecimento pintando a História!

--Talvez por pura coincidência ou por uma necessidade técnica de rápida execução de Obra Plástica, é justamente durante e após o Maio de 68 que o Mestre português decide adoptar o acrílico como material de eleição para a sua pintura... rumo ao Futuro!
--É fácil identificar este facto, que nos revela obstinadamente de que toda a biografia de Júlio Pomar pode ser "lida" através de toda a sua Obra, como se de página de uma saga se tratasse.

--Em Paris, ao longo dos anos sessenta, Pomar responde com trabalhos de intenso labor de pensamento plástico, trabalhos estes agora bastante mais independentes de vínculos ideológicos, dogmas e de imposições de moda, tendências e influências estéticas.

--Esta época de grande efervescência artística é notável como facilmente podemos observar e concluir, nomeadamente nas obras adquiridas pelo coleccionador Jorge de Brito.
--Por conseguinte, em finais dos anos sessenta, Júlio Pomar é um pintor absolutamente credível começando pela sua relação intima e autêntica com a tela e Arte, nesse sentido amplo e universalmente global.

--Paris concede-lhe essa voraz apetência pela pesquisa plástica, respondendo através do Expressionismo, uma forma inovadora de traduzir a sua visão do mundo... ou "realidade" para a poesia própria da Arte Moderna, revelando uma personalidade artística única e irrequieta, a qual faz com que a sua Obra seja um abundante reflexo plástico da sua identidade como homem, pintor, observador e poeta.

--Júlio Pomar, em jeito de retrospectiva, sempre viveu só, nesse mundo estranho e maravilhosamente secreto da vida interior, essa dimensão na qual trabalharam muitos Grandes Mestres ao longo dos séculos.
--Frequentemente podemos cair no erro de pensarmos em Pomar como um artista que nos faz companhia com a sua presença.
--No entanto, esta é mais uma ilusão que ele sem se aperceber, acaba por estabelecer como uma miragem mais entre mil e uma Atlântidas difusas, até que a ilha reaparece única e solitária como a geografia de um Mundo por descobrir.

--Júlio Pomar pertence a esta espécie de estranhas criaturas que nos trazem à luz do dia através das trevas nocturnas.

--Júlio Pomar, no seu Atelier dá voltas e mais voltas com os pincéis, ao sabor do pensamento ou dessa magia a que chamamos inspiração, colocando-nos perante a cartografia completa, não só de nós mesmos mas perante tudo aquilo que nos diz respeito, perante um ritual ao qual todos nós pertencemos; e como resultado final, não se vislumbra nem se sente melancolia nem dor, já que a sua pintura é uma plena e absoluta celebração da vida, pois é sobejamente tido em conta que Pomar, o homem e o artista, pinta contra a morte, o qual só é possível com muito trabalho de atitude, muito caminhar sem olhar, mas ver ... captando essa dimensão tão profunda que só os sentimentos e um profundo estado de intimidade emocional conseguem... e a partir desse nível de consciência iluminar a Tela com "isso" a que se pode chamar talento, génio, Arte!

--Júlio Pomar encontra no seu Atelier uma nova mensagem que urge comunicar.
--Justamente como a natural falta de compaixão dos seus retratos, que é como quem nos tenta transmitir não o que somos mas o que deveríamos ser se tivéssemos a valentia ( e a virtude ! ) de enfrentar a verdade nua e crua do nosso próprio reflexo sem pena e muito menos desilusão.

--Neste caso especifico, Júlio Pomar, revela-se um pintor tão perigoso como autêntico, como um rio cheio de correntes traiçoeiras e inesperadas, poços sem fundo, de redemoinhos imprevistos para quem se atreva a navegar em águas tão irreverentes.

--Júlio Pomar, no entanto, avisa-nos constantemente de antemão que não nos deixemos enganar pela amabilidade, pela sintonia (aparentemente) perfeita, pela sinfonia cromática... ou em última análise pela aparência inocente!
--Marcelin Pleynet fala-nos de Júlio Pomar como um leitor de insaciável curiosidade e com um olhar ao qual nada do real ou do imaginário escapa.
--Marcelin Pleynet continua, observando que Júlio Pomar, que é antes de tudo essencialmente pintor, acrescenta que o artista é também escritor e poeta à escuta dos pensamentos mais vivos e das mais ricas experiências do seu século.

--Marcelin Pleynet sublinha ainda a riqueza e a complexidade de uma poética que a Obra mostra como " Pensamento - Pintado ", manifestação sensível de um homem no seu universo dedicando-se a desvendar o que lhe é próprio e a beleza de um mundo habitado num mundo muitas vezes inabitável.

--Maria Ariete Alves da Silva, viúva do coleccionador Manuel de Brito, proprietário da histórica Galeria 111, refere-se com especial orgulho à monumental colecção de obras de Pomar, reunidas ao longo da vida de Manuel de Brito, galerista que manteve uma antecipada visão e uma estreita relação com o artista, acompanhando-o praticamente em todas as suas épocas artísticas mais significativas e relevantes.

--É de salientar que Manuel de Brito, ao longo deste estimulante espaço de tempo durante o qual a sua amizade e química profissional com Júlio Pomar, soube melhor do que ninguém, divulgar com extrema sabedoria a Obra plástica do artista, apoiando e partilhando esses intensos momentos de uma vida dividida e imensamente criativa, com o Know-How tão necessário como imprescindível, de forma a estabelecer entre o público e especificamente entre o seio erudito e informado dos coleccionadores, a genialidade de Pomar e a sua importância nas artes plásticas lusas, tanto dentro de um contexto inevitavelmente nacional como na devida projecção de Júlio Pomar em Paris e objectivamente no panorama internacional da Arte Moderna do século XX e da época contemporânea do artista em pleno Novo Milénio!
--Todo o percurso do artista, faz de Júlio Pomar, hoje, aqui e agora, um dos nomes contemporâneos mais marcantes das artes plásticas em Portugal e decisivamente um dos grandes consagrados a nível internacional.

--Por conseguinte, com uma carreira selada por uma reputação indiscutível no panorama nacional e internacional, Júlio Pomar torna-se inevitavelmente um mito e um dos símbolos mais significativos do espírito criador das artes plásticas lusas.

--Apesar de dedicar principalmente a sua Obra a trabalhos sobre tela - segundo as técnicas mais tradicionais das Belas Artes - Pomar estende-se mais além e inclui igualmente excelentes obras de desenho, gravura, escultura e "assemblage", ilustração, cerâmica, tapeçaria e até cenografia para teatro.

--Com estas e com outras, feitas assim as contas em jeito de retrospectiva de Obra, Qualidade e Curriculum, é caso para afirmar que mais não se pode pedir.

--Realiza também, obras de decoração mural em azulejo para a Estação Alto dos Moinhos do Metropolitano de Lisboa ( 1983 - 84 ), o Circo de Brasília ( Gran ' Circular , 1987 ), a Estação Jardin Botanique do Metropolitano em Bruxelas ( 1992 ), participando com especial destaque pela terceira vez na Bienal de São Paulo em 1985.
--Em 1986, uma nova exposição retrospectiva é apresentada pela Fundação Gulbenkian em museus de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

--Para além de pintor, Júlio Pomar revela-se como poeta na "International Poetry Magazine" em 1973, estando os seus poemas reunidos no livro " Alguns Eventos ", editado pela D. Quixote em 1992.
 

 
   

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